(ENEM PPL - 2015) A palavra inglesa involution traduz-se como involuoou regresso. A construo da imagem com base na combinao do verbal com o no verbal revela a inteno de
(ENEM PPL - 2015) O peru de Natal O nosso primeiro Natal de famlia, depois da morte de meu pai acontecida cinco meses antes, foi de consequncias decisivas para a felicidade familiar. Ns sempre framos familiarmente felizes, nesse sentido muito abstrato da felicidade: gente honesta, sem crimes, lar sem brigas internas nem graves dificuldades econmicas. Mas, devido principalmente natureza cinzenta de meu pai, ser desprovido de qualquer lirismo, duma exemplaridade incapaz, acolchoado no medocre, sempre nos faltara aquele aproveitamento da vida, aquele gosto pelas felicidades materiais, um vinho bom, uma estao de guas, aquisio de geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramtico, o puro-sangue dos desmancha-prazeres. ANDRADE, M. In: MORICONI, I. Os cem melhores contos brasileiros do sculo. So Paulo: Objetiva, 2000 (fragmento). No fragmento do conto de Mrio de Andrade, o tom confessional do narrador em primeira pessoa revela uma concepo das relaes humanas marcada por
(ENEM PPL - 2015) No, me. Perde a graa. Este ano, a senhora vai ver. Compro um barato. Barato? Admito que voc compre uma lembrancinha barata, mas no diga isso a sua me. fazer pouco-caso de mim. Ih, me, a senhora est por fora mil anos. No sabe que barato o melhor que tem, um barato! Deixe eu escolher, deixe... Me ruim de escolha. Olha aquele blazer furado que a senhora me deu no Natal! Seu porcaria, tem coragem de dizer que sua me lhe deu um blazer furado? Viu? No sabe nem o que furado? Aquela cor j era, me, j era! ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998. O modo como o filho qualifica os presentes incompreendido pela me, e essas escolhas lexicais revelam diferenas entre os interlocutores, que esto relacionadas
(ENEM PPL - 2015) TEXTO I Versos de amor A um poeta ertico Oposto ideal ao meu ideal conservas. Diverso , pois, o ponto outro de vista Consoante o qual, observo o amor, do egosta Modo de ver, consoante o qual, o observas. Porque o amor, tal como eu o estou amando, Esprito, ter, substncia fluida, assim como o ar que a gente pega e cuida, Cuida, entretanto, no o estar pegando! a transubstanciao de instintos rudes, Imponderabilssima, e impalpvel, Que anda acima da carne miservel Como anda a gara acima dos audes! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996 (fragmento). TEXTO II Arte de amar Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma que estraga o amor. S em Deus ela pode encontrar satisfao. No noutra alma. S em Deus ou fora do mundo. As almas so incomunicveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas no. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. Os Textos I e II apresentam diferentes pontos de vista sobre o tema amor. Apesar disso, ambos definem essesentimento a partir da oposio entre
(ENEM PPL - 2015) Disponvel em: www.revistaepoca.globo.com. Acesso em: 27 fev. 2012. Ao interagirmos socialmente, comum deixarmos claro nosso posicionamento a respeito do assunto discutido. Para isso, muitas vezes, recorremos a determinadas estratgias argumentativas, dentre as quais se encontra o argumento de autoridade. Considerando o texto em suas cinco partes, constata-se que h o emprego de argumento de autoridade no trecho:
(ENEM PPL - 2015) No adianta isolar o fumante Se quiser mesmo combater o fumo, o governo precisa ir alm das restries. preciso apoiar quem quer largar o cigarro. Ao apoiar uma medida provisria para combater o fumo em locais pblicos nos 27 estados brasileiros, o Senado reafirmou um valor fundamental: a defesa da sade e da vida. Em pelo menos um aspecto a MP 540/2011 ainda mais rigorosa que as medidas em vigor em So Paulo, no Rio de Janeiro e no Paran, estados que at agora adotaram as legislaes mais duras contra o tabagismo. Ela probe os fumdromos em 100% dos locais fechados, incluindo at tabacarias, onde o fumo era autorizado sob determinadas condies. Uma das principais medidas atinge o fumante no bolso. O governo fica autorizado a fixar um novo preopara o mao de cigarros. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) ser elevado em 300%. Somando uma coisa e outra, o sabor de fumar se tornar muito mais cido. Dever subir 20% em 2012 e 55% em 2013. A viso fundamental da MP est correta. Sabe-se, h muito, que o tabaco faz mal sade. razovel, portanto, que o Estado aja em nome da sade pblica. poca, 28 nov. 2011 (adaptado). O autor do texto analisa a aprovao da MP 540/2011 pelo Senado, deixando clara a sua opinio sobre o tema. O trecho que apresenta uma avaliao pessoal do autor como uma estratgia de persuaso do leitor :
(ENEM PPL - 2015) Esse texto trata deuma campanha sobre o trnsito e visa a orientao dos motociclistas quanto ao()
(ENEM PPL - 2015) Em 1866, tendo encerrado seus estudos na Escola de Belas Artes, em Paris, Pedro Amrico ofereceu a tela A Carioca ao imperador Pedro II, em reconhecimento ao seu mecenas. O nu feminino obedecia aos cnones da grande arte e pretendia ser uma alegoria feminina da nacionalidade. A tela, entretanto, foi recusada por imoral e licenciosa: mesmo no fugindo regra oitocentista relativa nudez na obra de arte, A Carioca no pde, portanto, ser absorvida de imediato. A sensualidade tangvel da figura feminina, prxima do orientalismo to em vogana Europa, confrontou-se no somente com os limites morais, mas tambm com a orientao esttica e cultural do Imprio. O que chocara mais: a nudez frontal ou um nu to descolado do que se desejava como nudez nacional aceitvel, por exemplo, aquela das romnticas figuras indgenas? A Carioca oferecia um corpo simultaneamente ideal e obsceno: o alto uma beleza imaterial e o baixo uma carnalidade excessiva. Sugeria uma mistura de estilos que, sem romper com a regra do decoro artstico, insinuava na tela algo inadequado ao repertrio simblico oficial. A extica morena, que no nem ndia nem mulata ou negra poderia representar uma visualidade feminina brasileira e desfrutar de um lugar de destaque no imaginrio de nossa monarquia tropical? OLIVEIRA, C. Disponvel em: http://anpuh.org.br. Acesso em: 20 maio 2015. O texto revela que a aceitao da representao do belo na obra de arte est condicionada
(ENEM PPL - 2015) Como estamos na Era Digital, foi necessrio rever os velhos ditados existentes e adapt-los nova realidade. Veja abaixo... A pressa inimiga da conexo. Amigos, amigos, senhas parte. Para bom provedor uma senha basta. No adianta chorar sobre arquivo deletado. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando. Quem clica seus males multiplica. Quem semeia e-mails, colhe spams. Os fins justificam os e-mails. Disponvel em: www.abusar.org.br. Acesso em: 20 maio 2015 (adaptado). No texto, h uma reinterpretao de ditados populares com o uso de termos da informtica. Essa reinterpretao
(ENEM PPL - 2015) Famigerado Com arranco, [o sertanejo] calou-se. Como arrependido de ter comeado assim, de evidente. Contra que a estava com o fgado em ms margens; pensava, pensava. Cabismeditado. Do que, se resolveu. Levantou as feies. Se que se riu: aquela crueldade de dentes. Encarar, no me encarava, s se fito meia esguelha. Latejava-lhe um orgulho indeciso. Redigiu seu monologar. O que frouxo falava: de outras, diversas pessoas e coisas, da Serra, do So o, travados assuntos, insequentes, como dificultao. A conversa era para teias de aranha. Eu tinha de entender-lhe as mnimas entonaes, seguir seus propsitos e silncios. Assim no fechar-se com o jogo, sonso, no me iludir, ele enigmava. E, p: Vosmec agora me faa a boa obra de querer me ensinar o que mesmo que : fasmisgerado... faz-me-gerado... falmisgeraldo... familhas-gerado...? ROSA, J. G. Primeiras estrias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. A linguagem peculiar um dos aspectos que conferem a Guimares Rosa um lugar de destaque na literatura brasileira. No fragmento lido, a tenso entre a personagem e o narrador se estabelece porque
(ENEM PPL - 2015) Em primeiro lugar gostaria de manifestar os meus agradecimentos pela honra de vir outra vez Galiza e conversar no s com os antigos colegas, alguns dos quais fazem parte da mesa, mas tambm com novos colegas, que pertencem nova gerao, em cujas mos, com toda certeza, est tambm o destino do Galego na Galiza, e principalmente o destino do Galego incorporado grande famlia lusfona. E, portanto, com muito prazer que teo algumas consideraes sobre o tema apresentado. Escolhi como tema como os fundadores da Academia Brasileira de Letras viam a lngua portuguesa no seu tempo. Como sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, est agora completando 110 anos, foi organizada por uma reunio de jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria da Revista Brasileira, dirigida por um crtico literrio e por um literato chamado Jos Verssimo, natural do Par, e desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a Academia Brasileira, depois anexada ao seu ttulo: Academia Brasileira de Letras. Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro presidente desde a sua inaugurao at a data de sua morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria ser uma academia de Letras, portanto, de literatos. BECHARA, E. Disponvel em: www.academiagalega.org. Acesso em: 31 jul. 2012. No trecho da palestra proferida por Evanildo Bechara, na Academia Galega de Lngua Portuguesa, verifica-se ouso de estruturas gramaticais tpicas da norma padro da lngua. Esse uso
(ENEM PPL - 2015) Mudana lingustica Ataliba de Castilho, professor de lngua portuguesa da USP, explica que o internets parte da metamorfose natural da lngua. Com a internet, a linguagem segue o caminho dos fenmenos da mudana, como o que ocorreu com voc, que se tornou o pronome tono c. Agora,o interneteiro pode ajudar a reduzir os excessos da ortografia, e bem sabemos que so muitos. Por que o acento grfico to importante assim para a escrita? J tivemos no Brasil momentos at mais exacerbados por acentos e dispensamos muitos deles. Como toda palavra contextualizada pelo falante, podemos dispensar ainda muitos outros. O interneteiro mostra um caminho, pois faz um casamento curioso entre oralidade e escrituralidade. O internets pode, no futuro, at tornar a comunicao mais eficiente. Ou evoluir para um jargo complexo, que,em vez de aproximar as pessoas em menor tempo, estimule o isolamento dos iniciados e a excluso dos leigos. Para Castilho, no entanto, no ser uma reforma ortogrfica que far a mudanade que precisamos nalngua. Ser a internet. O jeito eh tc e esperar pra ver? Disponvel em: http://revistalingua.com.br. Acesso em: 3 jun. 2015 (adaptado). Na entrevista, o fragmento O jeito eh tc e esperar pra ver? tem por objetivo
(ENEM PPL - 2015) Nesse texto, associam-se recursos verbais e no verbais na busca de mudar o comportamento das pessoas quanto a uma questo de sade pblica. No cartaz, essa associao ressaltada no(a)
(ENEM PPL - 2015) Telecommutingredefine o tradicional entedimentosobre o espao de trabalho. Atualmente, as organizaes esto se focando em novos valores, tais como, inovaes, satisfao, responsabilidades, resultados e ambiente de trabalho familiar. A alternativa do telecommuting a complementa esses princpios e oferece flexibilidadeaos patres e empregados. um conceito novo que, a cada dia, ganha mais fora ao redor do mundo. Grandes empresas escolheram o trabalho de telecommuting pelas facilidades que ele gera para o empregador. A implantao do telecommuting determina regras para se trabalhar em casa em dias especficos da semana e, nos demaisdias, trabalhar no escritrio. O local de trabalho pode ser a casa ou, temporariamente, por motivo de viagem, outros escritrios. FERREIRA JR., J.C. Disponvel em: www.ccuec.unicamp.br. Acesso em: 1 ago. 2012 (adaptado) Com o advento das novas tecnologias, a sociedade tem vivenciado mudanas de paradigmas em vrios setores. Nesse sentido, o telecommuting traz novidades para o mundo do trabalho porque proporciona prioritariamente o(a)
(ENEM PPL - 2015) Perder a tramontana A expresso ideal para falar de desorientados e outras palavras de perder a cabea perder o norte, desorientar-se. Ao p da letra, perder a tramontana significa deixar de ver a estrela polar, em italiano stella tramontana, situada do outro lado dos montes, que guiava os marinheiros antigos em suas viagens desbravadoras. Deixar de ver a tramontana era sinnimo de desorientao. Sim, porque, para eles, valia mais o cu estrelado que a terra. O Sul era regio desconhecida, imprevista; j Norte tinha como referncia no firmamento um ponto luminoso conhecido como a estrela Polar, uma espcie de farol para os navegantes do Mediterrneo, sobretudo os genoveses e os venezianos. Na linguagem deles, ela ficava trasmontes, para alm dos montes, os Alpes. Perd-la de vista era perder a tramontana, perder o Norte. No mundo de hoje, sujeito a tantas presses, muita gente no resiste a elas e entra em parafuso. Alm de perder as estribeiras, perde a tramontana... COTRIM, M. Lngua Portuguesa, n. 15, jan. 2007. Nesse texto, o autor remonta s origens da expresso perder a tramontana. Ao tratar do significado dessa expresso, utilizando a funo referencial da linguagem, o autor busca;